domingo, 31 de janeiro de 2010

sentado na cama no meio da escuridão...
sozinho... pensando sentindo chorando...

sozinho... triste...

tristeza que há tanto que nos acompanha, que já não sabemos viver sem ela...
por isso em vez de sorrirmos...alimentamos a nossa tristeza...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

que poeira é esta na minha cara?

acordo de um sono revolto, perdido
sem saber sequer se estou na minha cama,
mas que poeira é esta na minha cara?

passo a mão em meu rosto, minha mão cheia de poeira,
nessa poeira vejo um rosto passado, alguem que me esculpiu,
marcou e moldou, alguém que me emoldurou...mas todas as molduras se partem.
que poeira é esta na minha cara?

passo a mão em meu rosto, minha mão cheia de poeira,
nessa poeira vejo um rosto, carinho e sorriso se reflectem,
loucura e desejo se perdem... mas sempre presente
que poeira é esta na minha cara?

passo a mão em meu rosto, minha mão cheia de poeira,
vejo rostos, rostos que marcaram, rostos que marquei,
que tocaram e foram tocados, sentidos, apertados e julgados
que poeira é esta na minha cara?

passo a mão em meu rosto, minha mão cheia de poeira,
vejo rostos que procuro, toco, desejo,
vejo rostos que desconheço mas que irei marcar..
ja sei que poeira é esta!

é a poeira das lágrimas que secaram em meu rosto
das dores passadas... das dores futuras
mais um dia, mais um ano
Ano novo, vida nova
É o que se diz, é o que dizem…
Tentamos deixar para trás
Erros, problemas
Falhas, medos
Dores, vícios
Mais um ano em que nos levantamos
Encarando os mesmos rostos
Tentando ver mais,
Esperando que no novo ano
Vejam mais do que a simples pintura
Exposta naquela parede…
Fechamos os olhos,
E ao abrir novamente
Tentamos olhar o mundo
A preto e branco
Vendo apenas o Bom ou o Mau
Homem ou mulher
Preto ou branco
Noite ou dia
Tentamos que o Preto
Não seja so onde nos resguardamos
E que o Branco guie o nosso caminho
Que tudo seja simples como Sim ou Não
Mas no meio de toda esta simplicidade
Algo surge sempre…
De repente um rasgo de vermelho
Cruza o nosso olhar… e perdidos ficamos
Procuramos por becos e ruelas
De noite e de dia… tentando encontrar
Uma cor que nos faça viver
 

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