peões que utilizamos, comemos e descartamos, usamos para satisfação e derrubamos impunemente
torres que vemos ao longe, impávidas e serenas a quem nos tentamos agarrar para termos algum apoio
bispos a quem pedimos conselhos, na esperança da ajuda para a escolha certa
cavalos que tudo correm, que tudo alcançam fazendo parecer que tudo é tão facil...
e nós, o Rei... o Rei que em todas as direcções se pode mexer, um passo de cada vez... tão longe vê a Rainha que tanto almeja e deseja tocar...
todas as peças vão saindo do tabuleiro, e sozinhos como sempre ficamos, deixamos cair a nossa espada assumindo mais uma derrota...
de novo as peças se agrupam... de novo todo o sofrimento é percorrido...