terça-feira, 22 de dezembro de 2009

natal... tempo de paz e alegria...
mas nem sempre apenas de alegria é feito o natal,tambem é tristeza:
tristeza por não poder tocar o que antes agarravamos...
tristeza por não poder ver o que dantes olhavamos...
tristeza por olhar e não poder tocar...
tristeza por apenas suavemente podermos tocar quando queremos agarrar...
tristeza por não poder...

tristeza pela solidão que temos,que sentimos,que provocamos...

feliz natal aos que sorriem nesta quadra...e aos que choram
o barulho da colher a bater na chavena,
enquanto mexemos o café...
aquele circular de espuma e agua escura
mexendo em roda como um cão atras da cauda
uma alma triste perscrutando o café,
sozinho, tentando encontrar o açucar
que falta na vida...
açucar esse que vemos perto de nós
mas não podemos tocar.
chegamos ao fundo da chavena
e como a propria vida
tambem o café é amargo
porque o açucar não existe...
precisamos de outro sabor,
abrimos a garrafa...
se um fosforo caísse em nosso sangue,
o resultado daquelas garrafas
aqueceria o mais frio dos natais...

domingo, 13 de dezembro de 2009

tantas noites, tantos dias
tantos desejos, tantas incertezas,
tanto alcool, tanto estrago
tanta luta, tanta desistencia
tantas mulheres...
tantas solteiras, tantas casadas
tantas viuvas, tantas divorciadas

tanto desejo de cometer erros sem pensar
tanto medo de ultrapassar barreiras
que não devem ser ultrapassadas
tantos olhares perdidos desde do inicio do dia
até ao cair de mais uma noite fria

tantos medos...
magoar
chorar
bater
gritar

porque não simplesmente viver e aproveitar?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

olho agora a janela na solidão do meu quarto
na solidão da minha vida...
a cerveja ja acabou, o whisky ja se esgotou
o pecado... bem, ja passou pelo corpo...
nada que um banho não apague...mais uma vez
sorrisos a relembrar historias perdidas
sorrisos que desaparecem nas profundezas de lagrimas escondidas

ao olhar a janela, a noite é escura...
as ruas estão vazias, nem as marcas do ghetto gostam da chuva...

a tristeza assola um corpo vazio...
corpo que não é mais que um veiculo que caminha por estas ruas

a busca para encontrar
o receio de vacilar
o medo de voltar a cair

sons, cheiros, locais...tristezas que ja esquecemos
mas que sempre voltam para nos assolar
nos rostos daqueles que connosco estão...

mas no meio disto tudo...onde estamos nós?
 

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