quarta-feira, 29 de abril de 2009

na antiguidade, Moisés separou as águas... um acto divino, uma alteração geografica, uma mudança de clima... o que for que tenha sido, as águas separaram-se...

separar as aguas... uma enorme dificuldade existente na vida levada por nós, meros peões neste tabuleiro de caminhos, duvidas e guerras...

deixamos que as ondas se sobreponham umas às outras... ondas que nos levam para cima, ondas que nos arrastam para baixo... ondas de prazer, ondas de dor...

toques que não são desejos, olhares que não são carinhos, desejos que não são nada mais do que movimentos provocados pela brisa no ar...
toques que são desejos, olhares que são sentidos, desejos que são realizados pelo fogo existente de olhares fugidios na vida agressiva...

as coisas simples tornam-se complicadas, pois o julgamento primario efectuado é de que tudo está a acontecer para a obtenção de um resultado...negações, invenções, medos...tudo porque se julgam erradamente os pedidos efectuados...

toques, olhares, carinhos, desejos, paixões, amores... mas é esquecido sempre, não ganhando a total confiança, aquilo que fumentou a existencia de tudo... a amizade...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

sempre tão fortes... sempre tão frios... sempre tão sóbrios e sombrios...o sol a raiar no céu... e parados estamos ansiando sentir na espinha o ar gélido que indica que a noite está a chegar...
hummm... tão ansiada noite... noite que nos envolve e esconde, noite que nos permite sonhar e voar, noite que nos facilita esconder o que de nós não é possivel mostrar, noite que nos permite ser como somos sem ninguem realmente ver...
hummm... tão desejada noite... noite que nos permite transformar-nos nos animais que somos... noite que nos vê caminhar sobre 4 patas, dengosamente andando , cheirando, uivando...
hummm... tão envolvente noite... noite que nos encobre quando vagueamos, quando perseguimos, quando caçamos, quando simplesmente nos deitamos no meio das folhas caidas das arvores e olhamos... tudo vemos, tudo sabemos e ninguem sabe que estamos presentes, que algures no meio da noite nós estamos presentes a ver, a proteger, ansiando "morder"... no silêncio da noite, no meio de tudo, sem saberem que estamos presentes... o nosso uivo dirá "estou aqui"... o nosso uivo assustará... o nosso uivo criará na noite calma a dúvida que antecederá a tempestade

segunda-feira, 20 de abril de 2009

marioneta...

uma noite enublada turva todos os sentidos... tolda a visão, distorce o que ouvimos, multiplica-nos os cheiros... engana-nos...
na noite descobrimos tantos seres... e a noite engana-nos pois nem tudo o que vemos é o que olhamos...
deixamo-nos enrolar pelas nuvens, afogamos emoções no mar e secamo-nos na areia fria das praias que julgamos serem de salvação...
mas a lua ao despontar, ilumina as coisas à nossa volta, mostra-nos os fantasmas que nos envolvem e que envolvem o que pensamos estar a ver, tocar, cheirar...
a luz da lua mostra os fios que comandam os movimentos, vemos o mestre destas marionetas que somos nós...
vemos que o proprio mestre das marionetas se junta a nós, dissimulado... por vezes anda perdido e deixasse envolver pelos seus proprios fios... por momentos sente o bom e o mau da marioneta que comanda...
mas... como da noite para o dia, muda... e corta os fios da marioneta que andou ao toque da sua caixa, deixa o boneco cair desamparado na areia... braços partidos e pernas quebradas, nada de lagrimas pois a madeira não chora...
embrulhado na areia, envolto em seus fios, o mar o puxa... o sal irá cauterizar as suas feridas, irá afoga-lo, irá tentar recuperá-lo...
a marioneta, por varios dias, irá andar perdida nas aguas... até que ganhará vida...
vai ressurgir, com um olhar novo que poucos verão, sem sorrisos pois seus labios estarão cosidos pelas linhas que o controlaram...
irá encarar novamente o mestre das marionetas, aquele que nunca disse que estava a puxar os fios, que estava a comandar...
aquele que viveu momentos enlaçado nos mesmos fios...
a areia continuará existir, e o mar sempre revolto... mas o resto... o resto ninguem sabe o que será, pois ninguem entende o que poderá passar na cabeça de uma marioneta e de seu mestre... nunca a marioneta entendeu o seu mestre, e nunca o mestre das marionetas acreditou no seu boneco...

domingo, 19 de abril de 2009

porquê a indiferença quando sabemos que não existe assim tanta indiferença?
porque é que está tudo bem, quando nada está bem?
será necessario tornamo-nos algo mau para não sofrermos por não conseguirmos algo bom?
porque simplesment não nos dizem...vai embora...
seria tudo tão mais facil...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

deixamo-nos...

há certos poços que parecem precipicios sem fim...
é estranho porque olhamos esses poços e atiramo-nos, quem sabe esperando que exista alguma agua que nós apare a queda, que nos envolva numa suavidade que faça parecer que às coisas não são tão más como as fazemos parecer...
cair no esquecimento...
ser esquecido é simples, mas esquecer é uma loucura...
deixamo-nos envolver por momentos como se à chuva estivessemos, sentir as gotas a escorrer pelo nosso rosto como os dedos suaves que já sentimos e desejamos sentir novamente...
deixamo-nos envolver por momentos como se no meio de um vendaval estivessemos, sentir o vento a percorrer-nos como os cabelos sedosos que passam no nosso pescoço e corpo...
deixamo-nos envolver por momentos como se estivessemos sentados a ver o mar, sentimos o cheiro da maresia como se de o seu perfume se tratasse e perdidos vemos as ondas elevarem-se como seus olhos nos perfurassem nos dificeis silencios...
deixamo-nos envolver por momentos, e vemos que caimos no poço, e que apesar de todos os momentos, de toda a chuva, vento e mar, nada existe para nos agarrar... é um vazio negro e frio o que nos envolve...
sentimo-nos perdidos, sentimos que afinal não fomos nada, não somos nada... fomos mais um momento apenas... momentos que apesar de bons, não deixam de ser momentos... que nos cansam e destroem por ser apenas momentos..
apenas ruas e travessas nos aparecem pela frente, portas fechadas, portas que temos medo de abrir ou simplesmente de perguntar se alguem se encontra em casa...
julgamos conhecer tudo, e depois vemos o paradoxo da mudança... dar com uma mão e tirar com a outra no mesmo instante, a demência é enorme e afecta imensas almas... almas que não sabem o que são ou o que querem, almas que se perdem por gosto, almas que se tentam mudar e elevar...
almas...
esquecer... tarefa dificil...

coisas...

desejos
entraves
sensações
prisões
risos
partidas
tristezas
dores
mágoas
paixões
raiva
olhares
duvidas
medos
sério
sentidos
toques
silêncios
perdido
ignorancia
noite
força
lagrimas
cansaço
diferenças
barreiras
complexos
vergonhas
desistencias...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

The Times They Are A-Changin

;(

"Come gather round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
Youll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin
Then you better start swimmin
Or youll sink like a stone
For the times they are a-changin.

Come writers and critics

Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance wont come again
And dont speak too soon
For the wheels still in spin
And theres no tellin who
That its namin.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin.

Come senators, congressmen
Please heed the call
Dont stand in the doorway
Dont block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
Theres a battle outside
And it is ragin.
Itll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin.

Come mothers and fathers
Throughout the land
And dont criticize
What you cant understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin.
Please get out of the new one
If you cant lend your hand
For the times they are a-changin.

The line it is drawn

The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin."

(Bob Dylan in "The Times Are A-Changin")
;(

if from darkness we came, to darkness we go...

there is rays of light on our path, but is very hard to find the real sun...

so, if from darkness we rise, in darkness we dive again... but we should never forget the warm that were those rays of light...

and maybe, just maybe, one of those could be the real sun...

terça-feira, 14 de abril de 2009

ter aquilo que todos julgam desejar
pode não ser o que se deseja
ter aquilo que todos querem
não quer dizer que seja o que queremos
ter algo que se deseja
pode não ser so o que se deseja
talvez o que se considere o dificil de alcançar
não seja aquilo que realmente seja dificil
vemos primeiro algo...
mais frente aparece mais um item
e depois aparece a cereja do bolo...
todos corremos a tentar alcançar essa cereja... num apice ou lutando conseguimos alcança-la
mas depois vemos, como sempre, que é a cereja no topo do bolo e não o bolo todo...
ficamos a olhar o bolo, queremos primeiro olhar a beleza do bolo...
queremos sentir o aroma a ver se foi bem cozinhado...
queremos passar um dedo na sua cobertura e sentir, levemente, o seu sabor...
tiramos uma fatia pequena, não queremos parecer esfomeados...
saboreamos, e desejamos mais... quando ninguem está a ver atacamos o bolo, provamos, lambemos o seu creme, trincamos, satisfazemo-nos... e chegamos, mais uma vez à cereja...
no dia a seguir nunca sabemos se o bolo voltará a estar na montra...
sendo assim devemos saborear como se não houvesse amanhã, como se fosse o ultimo bolo que comssemos...
mas, caso no dia a seguir já não exista o bolo, ficaremos sempre com o seu sabor nos labios, na lingua, na boca...
desejando poder saboreá-lo novamente

domingo, 12 de abril de 2009

na emoção dos momentos, toques olhares rostos...

toques olhares rostos...
mostram sensações difíceis de explicar, difíceis de entender...
toques olhares rostos...
a emoção toma conta da razão... e muitas coisas acontecem...
toques olhares rostos...
confirmam-se suspeitas, descobrem-se novidades, acredita-se... em algo
toques olhares rostos...
silêncios que se tornam imensas partilhas...
toques olhares rostos...
onde estão as paginas de um caderno para compreendermos o que está a acontecer...
toques olhares rostos...
antíteses que definem a metáfora da exaltação do momento...
toque olhares rostos...
onde irá dar esta estrada...

terça-feira, 7 de abril de 2009

nem tudo o que é parece
e tudo o que foi já não é
na elação da questão tirada à situação, verificamos condicionante colocada sobre o imperativo da coisa
contamos com o adverbio do sentido iminente quando na afirmação correcta do juízo apenas colocamos o enlace tido no paragrafo que escrevemos
na escolha da anáfora, onomatopeia com que personificamos a metáfora, verificamos a antítese do paradoxo que é o sujeito onde desejamos colocar o predicado
vimos a descobrir que a negação do adjectivo entendido é na realidade um emaranhado de sinonimos para duvida e questão sempre existida, sempre colocada
sendo assim vemos o porquê das figuras de estilo utilizadas e aguardamos as correcções que provem que estão erradas.
nem o sujeito se retira à frase, nem o predicado conclui o ponto final, no entanto todo o adjectivo é colocado, escrito, sublinhado e colocado a bold...
sendo assim, apenas olhamos tudo o que foi escrito nos cadernos, nas folhas, nos livros e pensamos... mas porque não?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

corremos para a batalha como se não houvesse amanhã...
mais uma luta... damos tudo de nós, quando somos chamados à batalha esquecemos tudo, pegamos nas nossas armas, fechamos os nossos punhos... e apenas nos interessa um objectivo...
mas não nem todas as batalhas se ganham, nem todos os portos se conquistam... por vezes apesar de darmos tudo de nós, existem estocadas muito fortes que nos põem fora de combate...
mas a guerra não acaba... essa guerra que nunca vai acabar, a luta irá sempre existir...

por isso recolhemos à nossa caverna, esfregamos as nossas feridas, descansamos... acalmamos a furia que se perde dentro de nós... recuperamos

ao ver novamente o sol, encontramos aqueles que enfrentamos, olhos se cruzam, faiscas e pensamentos chocam... não podemos voltar a combater, o vencedor ja foi declarado...

mas muitas mais batalhas existem para travar, e em alguma somos e seremos os vencedores...

mas mesmo as batalhas passadas... exitirá sempre um momento para nos vingarmos... um momento em que alguem no meio da batalha irá olhar os nossos olhos e irá temer o fogo que existe no seu vazio

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero
Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar
Quase que não recebia
A prenda prometida
Quase que não devia
Existir tal companhia
Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso não sai da cabeça
Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito
Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito"

(Quase Perfeito by Donna Maria)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

deixamos que o cansaço tome conta de nós...
deixamos todos os stresses misturarem-se, o caos instaura-se
caminhamos sem destino, fazemos sem pensar, falamos sem saber o que dizer...

tudo à volta vai-se desmoronando... trabalho, pessoas, amigos, família, amor... nós próprios

a confusão torna-se tanta que já nem sabemos quem está a destruir tudo...
à medida que o caos aumenta, deixamo-nos tomar por ele e alimentamo-lo...
guerras criadas, onde trocamos tiros...
guerras criadas que nos próprios criamos...

pessoas tentam nos sorrir, ajudar, falar...
família tenta apoiar, ajudar, ouvir...
parecemos burros com palas nos olhos... apenas vemos uma direcção, e é sempre a pior de todas...

chegamos ao trabalho pensando que vamos sorrir, e desejamos destruir tudo...
chegamos a casa pensando apenas em deitar e esquecer, acreditar que tudo um sonho não foi, e apenas surge discussão...
amigos... vamos deixando andar e criam-se espaços
e depois ainda o pior... alguém que nos estraga a cabeça...

com tantas guerras, confusões e chatices...
começamos a ignorar as situações, a por de parte as pessoas...
perdemos a vontade de rir, choramos quando ninguém vê... esperamos aquilo que possa enxugar as nossas lágrimas, aquilo que vemos cada vez mais longe...

a frieza começa a vir ao de cima novamente, a indiferença que sempre nos caracterizou, a amargura com a vida...
tentamos lutar pois tivemos um rasgo do que era se fossemos bons, e até não era mau de todo...

o orgulho impede-nos de pedir ajuda...
ensinamos aos demais que não devem carregar o peso do mundo nos ombros, cedemos o nosso ombro para chorar, ouvimos e aconselhamos, ajudamos e apoiamos... mas nunca conseguimos passar nada disto para nós...

será altura de pedir ajuda?
mas no final... vamos pedir ajuda para o quê?
 

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