quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

just another fight...

viver como se não houvesse amanhã...
ou viver antecipando cada movimento,
e pensando no movimento seguinte?
viver calado e nada dizer?
falar sem pensar, sem medir a repercussão das nossas palavras?
deixarmo-nos enterrar vivos, no sofrimento
do silêncio a que nos forçamos?
ou deixarmo-nos enterrar vivos
pela sinceridade das nossas palavras,
pela abertura do nosso coração?
deixarmo-nos enterrar vivos...

as nossas palavras... sinceras,
e sempre mal entendidas
ou são abusos,
ou são crueis,
ou são artimanhas,
ou são dar passos maiores que as pernas...

porque não são simplesmente palavras?
sentimentos? porque são os sentimentos mal entendidos?
porque não são aceites esses sentimentos?

mais vale deixar os sentimentos pairarem,
e não nos agarrarmos a eles...
pois ninguem embarca nesse barco de loucura,
de dor e prazer connosco...

sendo assim, fechamos os nossos punhos,
levantamos os braços, subimos a nossa guarda,
colocamos a nossa frieza no rosto, e escondemos o nosso olhar...
Round 1 - uma palavra, uma esquiva. mais palavras, mais esquivas e defesas
Round 2 - um olhar, uma esquiva. um roçar de dedos, primeiro impacto. o aperto de um braço, segundo impacto
Round 3 - um abraço, primeira ida as cordas. um beijo, primeiro joelho no chão...

como irá terminar o combate que é mostrar o que sentimos...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

outra forma de ver o mundo

Uma amiga, colocou-me a ouvir novamente alguns sons old school... lembrando outros tempos e outras formas de ver a vida.... sendo assim, deixo aqui umas passagens desses sons:

"Quanto tempo falta
Pra tudo voltar ao seu lugar
Simples de outra forma
É hora de parar de complicar
O imaginário de voltar atrás
Querer sorrir
De ir em frente
E não poder
Porquê? porquê?
Quanto mais eu grito
Menos ouvem não querem ouvir
Quando acredito
Não sinto vontade de chorar
Eu quero encontrar
Uma forma de olhar
Mas ninguém vê!
Porquê?"


"Fizeram-se amigos
Tentaram de tudo fazer
Tudo é possível quando tens poder
Esmagar os outros dá gozo
A mim é que não
E quando estiveres sozinho
Um dia vais ver
Tens que lutar para sobreviver
Não importa tu sabes bem
O que fazer"

domingo, 22 de fevereiro de 2009

from morning to the night

muitas vezes nas palavras de outros encontramos aquelas que queremos dizer.
sendo assim, cito:

"O amor, dizes-me

Escuto o silêncio das palavras. O seu silêncio suspenso dos gestos com que elas desenham cada objecto, cada pessoa, ou as próprias ideias que delas dependem. Por vezes, porém, as palavras são o seu próprio silêncio. Nascem de uma espera, de um instante de atenção, da súbita fixidez dos olhos amados, como se também houvesse coisas que não precisam de palavras para existir. É o caso deste sentimento que nasce entre um e outro ser, que apenas se advinha enquanto todos falam, em volta, e que de súbito se confessa, traduzindo em breves palavras as sua silenciosa verdade."






"Um pedaço de céu

Tu, a que eu amo nesta manhã que trouxe a tua imagem com os ruídos da rua, vai até à janela, levanta as persianas do quarto, e olha o céu como se ele fosse um espelho. Diz-me, então, o que vês? A nuvens que passam pelos teus olhos? Um azul cuja sombra te desenha o contorno das pálpebras? A mancha rosa do nascente que o horizonte roubou ao teu rosto? Mas não te demores. Um espelho não se pode olhar muito tempo; e o céu da manhã é dos que mudam com as variações da alma. Pode ser que o céu roube um sorriso aos teus lábios: e mo traga, para que eu o ponha neste poema, onde te vejo, um instante, enquanto a manhã não acaba."

"Até ao fim

Mas é assim o poema: construído devagar, palavra a palavra, e mesmo verso a verso, até ao fim. O que não sei é como acaba-lo; ou, até, se o poema quer acabar. Então, peço-te ajuda: puxo o teu corpo para o meio dele, deito-o na cama da estrofe, dispo-o de frases e de adjectivos até te ver, tu, o mais nu dos pronomes. Ficamos assim. Para trás, palavras e versos, e tudo o que não é preciso dizer: eu e tu, chamando o amor para que o poema acabe."

Terminando as citações com algo original:

E agora que me deito
depois de tuas boas noites ouvir,
e tuas palavras ler...apago a luz
vejo as sombras tomarem conta das paredes...
Sombras negara que por muito tempo me embalaram,
me envolveram e até protegeram...
e agora acendo um fósforo, e vejo as sombras...
já não são medos ou loucuras...
são teus olhos profundos
teu sorriso doloroso
teus corpo esculpido...
e o vento na janela são teus doces lábios
dizendo: dorme bem meu lobo, dorme e vive nos sonhos,
pois amanhã terás de acordar e enfrentar o frio...
enfrentar a realidade dos meus olhos...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

demon in snow...


já me encontrava envolvido nos lençóis, perdido na terra dos sonhos, tendo pesadelos como companhia...

de repente a campainha tocou... são 3 manhã, quem poderia ser?
olho pela janela antes de ir à porta, e vejo um carro familiar...não pode ser...

novo toque na campainha... vou à porta... já não me encontro perdido pelo sono, mas sim intimidado pelo momento..
abro a porta... e ali estava ela......
o mesmo olhar, o mesmo sorriso, a mesma roupa e postura habitual...
sem palavras, ela entra passando a mão no meu peito... o primeiro toque..

tiro-lhe seu casaco e sua mala... e sozinho ela me deixa...

descubro-a sentada na minha cama, olhar apreensivo e ao mesmo tempo desejoso...

deita-te a meu lado, não tenhas medo... fecha os olhos, e deixa-te sonhar... é de noite novamente...

seu corpo cola-se ao meu, meu olhar está no seu...

sem palavras, sem imagens ou metáfora...apenas sentimentos escondidos, sentimentos de medo..

não sei mais o que se passou...pois a temperatura dos nossos corpos unidos, limpou-me a mente...


despertador... já é manhã...
estou tapado... mas estou sozinho...sonho/realidade

porra... alguém me tocou à porta às 3 da manhã... olho para o lado...
ali está a prova, uma carta escrita... sua letra eu já conheço...

imagens, metáforas... hummm acho que é altura de eu escrever a minha carta...
sem receios e sem medos... apenas com o meu sorriso de carinho e os meus olhos que traem tudo o que deseje esconder


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

era de noite...

era de noite...
o local eu não conhecia, e a companhia eu temia... mas deixamo-nos levar pelas sensações...

era de noite...
luzes, carros e pessoas passavam... mas era como se não houvesse ninguem... o radio tocava... tocava tudo e mais alguma coisa... as musicas provocavam sorrisos, gargalhadas, movimentos, as musicas eram o alcool que nos fazia perder as inibições...

era de noite...
palavras, conversas, partilhas, conhecimentos... sorrisos sobre alegrias, discussões sobre assuntos serios... risos e olhares que ocupavam imensos momentos de silêncio...

era de noite...
toques e entrelaçares de dedos, encostos de cabeça, abraços, espiritos enlaçados em braços fortes, segurança e paz por momentos...

era de noite...
respirações alteradas, gemidos de prazer e duvida, arranhões, dentadas, sorrisos... perdições incontrolaveis, desejos...

era de noite...
um beijo, um silêncio... um beijo, uma duvida... um beijo, um desejo...

era de noite...
um toque mais forte, um enlace mais profundo, mais uma musica... mais um envolvimento... mais um abraço...

era de noite... e era tarde...
mas momentos não se trocam por nenhuma hora de sono...

era de noite... e depois foi novo dia...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

cry... wolf


é novamente altura...
fechei os olhos, sinto os meus músculos a endurecerem...
começo a ouvir o som e musica me envolve...
sinto a tinta a envolver o meu corpo...
as tatuagens...envolvem-me... braços, peito e pescoço,
desenhos, nomes, historias, lágrimas, dores e sorrisos... bem, não sorrisos

as minhas garras cresceram,sinto o cabelo a crescer...
ao abrir os olhos novamente, estão raiados do sangue...

a minha sombra invade as paredes como uma onda contra as rochas...

são tantos a dizerem és assim, e tantas a dizerem porque és assim...

um gémeo bom... um gémeo mau...

um carinhoso, sensível, doce... o outro frio, negro, mau...

deixei o meu bom gémeo tomar conta de mim... deixei-me levar... troncos, estrelas, sorrisos, copos, sons, cheiros, marcas... all gone away... or not... but let it go
deixei o meu gémeo mau adormecido... mas, eu sou esse gémeo mau... eu sou a loucura, a dor e frieza... o meu gémeo bom apenas me baixa a guarda, quando me perco em olhos, em sorrisos, em lábios...quando me perco em sentimentos... toda a sua força vem daí...

mas um olhar, um toque, um palavra, uma dentada... algo acordou aquilo que normalmente sou...
por isso transformado, pego na minha bebida, sobre o meu pêlo visto o meu casaco, coloco os meus óculos para cobrir os meus olhos ensanguentados... deixo o mundo tremer, sofrer, enojar-se com lobo que largou a pele de cordeiro, e neste momento apenas tem desejo...

agora sim...eu estou vivo...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

flutuando

são 3 da manhã...
estou perdido numa qualquer praia
sentado na areia...
sinto o vento frio a chicotear-me o rosto...
o cheiro do mar misturado com o cheiro do "eucalipto"
toldam-me os sentidos e cegam-me mais do que já estou...
é noite...
Sinto a roupa molhada, pois a agua já engoliu as minhas pernas...
estou sozinho... e o frio aumenta...
ao olhar o mar, vejo um tronco a flutuar...
será este o tronco que me vai impedir de me afogar?
ao olhar o negro ceu, vejo um brilho por tras das nuvens...
será esta a estrela que me vai segurar, impedindo-me de me estatelar?
tantos troncos já agarrei, e a estrelas me segurei...
mas como saber qual agarrar?
deixamos os troncos seguirem e as estrelas se esconderem...
perdemos hipoteses de viver...
da mesma forma que não me agarrei para me salvar, diz-me...
porque não te agarraste para sobreviver?
estive aqui, mergulhei na tua frente e viste-me passar,
estendi-te a mão e seguraste... mas não acreditaste, ou então eu não era o tronco desejado...

deixei o mar engulir-me mais um pouco...
parece que cheguei a um beco sem saida,
e agora debaixo da agua que tudo esconde procuro...
procuro o porquê do silencio do mar,
o porquê o medo no olhar,
o porquê de que um simples tocar de dedos faz com teu rosto
se feche como se algo mau fosse acontecer...

levantei a cabeça de dentro de agua...e ali estavas...
perdida? inalcançavel?

quem és tu?

domingo, 15 de fevereiro de 2009


Just beautiful and sad painting on the wall
and just a tear rolling to a face...

Recordações do passado, momentos do presente, memorias para o futuro...

Momentos bons que se desejam repetir...
Copos que se cruzam sobre a profundidades de olhares...
Entrelaçares de dedos que se querem sentir
Labios que se desejam tocar...

Well, this day is over... now a new smile...

Moments... nothing else, nothing more

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Judas Kiss...



Fugindo à linha pela qual habitualmente escrevo, e escrevendo para todos aqueles que habitualmente seguem este pequeno local de desabafos de pecado, prazer, tristeza e amor... deixo-vos algo, que não é de minha autoria, mas que acho que todos nos que nos apelidamos poetas, prosadores, escritores devemos ler porque não sabemos se algum dia o que escrevemos não se pode tornar no:

Beijo de Judas

"Aquele que escreve será traido
um dia algum leitor apontará
a palavra interdita
e o sentido escondido no sentido.
O beijo de Judas está dentro da própria escrita
e aquele que escreve está
perdido. De nada serve
dizer este é o meu vinho este é o meu pão.
O beijo de Judas vai ser dado. Quem escreve
tem uma lança apontada ao coração.

Não se perdoa a dádiva de si
a canção que se canta ou a breve tão breve
alegria de partilhar o corpo e a palavra.
Quem reparou em Getsemani
naquele que não se ria nem se dava?
Já outra vez se levantou e se deteve
alguem vai ser traido agora aqui
seu olhar te designa: Tu és aquele que escreve
e a tua própria mão aponta para ti."

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

a cry of release

Em tempos um amigo, colega, poeta , companheiro, palhaço desta luta dificil que é a vida, apresentou-me um desafio na minha perspectiva de poeta... escrever uma carta para ser publicada num livro...
Atendi ao seu pedido... e posteriormente vi sua carta, diferenças abismais, pois ambos declamamos a tantas luzes em comum, mas eu escrevo com o coração na boca na força da minha impulsividade, e ele escreve com o coração em sua mente, sempre meditando...

Por isso sem imagens ou adereços, deixo apenas palavras:

"Por muito tempo caminhei na mais negra das noites, escondi-me do sol e da luz como se de um vampiro me tratasse…. mas como vampiro não sou, e nem só de pão vive o homem, tive também de caminhar sob o sol quente da vida.

Nos meus caminhos encontrei Anas, Joanas, Paulas e Margaridas, encontrei tantas pessoas que seria o mesmo que se tivesse caminhado sozinho. Milhões de rostos como o meu, pessoas que se cruzam sem se conhecerem, sem se olharem… até que, num toque de ombros vi o teu olhar…
E o teu olhar na minha retina ficou… tive de te descobrir.
Mundos e fundos movi até que a ti cheguei…e me apresentei…
Teu nome ainda hoje guardo

Num almoço travamos a nossa primeira conversa, e tudo o que falamos trasnformou o meu desejo em paixão…
Ver o modo despreocupado com que enfrentavas o dia-a-dia, e as sensações limite que colocavas em tudo o que fazias, fez-me temer mas sem nunca desistir.
Todos os dias te via quando passavas por mim, e todos os dias te via, escondido nas sombras, sentado a teu lado escondido entre teus cabelos, sobre o teu ombro.

Como nunca soube falar, escrevi para ti…e assim te fui conhecendo.

Conheci a tua energia, a tua confiança, a tua personalidade que me viciou como se de uma droga se tratasse, que absorve e apaixona. Sentimentos inebriantes que provocavas em quem te conhecia, que toldavam a razão e nos levavam a cometerem actos irreflectidos que na altura pareciam e sabiam tão bem.

Senti a tua provocação, a tua resposta, sabia sempre quando no elevador estiveste pois teu cheiro já conhecia… paixão passou a amor (como cego somos quando o coração toma poder sobre a razão)
Era hora de algo decidir… por isso levei-te no meu tapete voador pelas areias do deserto esperando que um banho de luar te fizesse por mim também apaixonar….

E nessa noite estrelada emoldurada pelo som e cheiro do mar fomos um…

Amor, paixão, dedicação, respeito…cegueira…
Ceguei para ti e por ti, dei-te tudo, deixei-te penetrar na minha vida e puxas-te o tapete e no chão fiquei, sem apoio e magoado. Por que não acreditaste?

Irritas-me e encantas-me, magoas-me e preocupas-te, esqueço-te e lembras-te de mim...
Não consegues atingir o meio termo..?

Continuo a ver-te, a amar-te e a desejar-te… nunca sabes onde estou, mas sabes sempre onde estarei.

Vagueio sem rumo numa noite escura, a luz do sol que tive guardei num baú junto com o teu cheiro, sorriso e olhos…
Agora quando te vejo baixo os olhos, e tremo com o medo de apenas “olá” ouvir…. Hoje leio as tuas palavras sempre com um aperto no coração, amo-te sem te o saber dizer, procuro-te sem nunca te encontrar… choro sem deixar as lágrimas escorrer, e quando a saudade aperta, tento adormecer e esperar que tudo um sonho não tenha deixado de ser..."

domingo, 8 de fevereiro de 2009

flames of passion


Ás vezes nos sitios menos esperados, encontramos interessantes passagens como esta:

"Eis o ciclo da vida, escrito em ponto grande.
Nascer em fogo e viver na chama intensa das nossas paixões,
iluminando o mundo à nossa volta.
Vivemos e morremos em fogo, sabendo que, quando morremos,
renascemos na mente e no espírito daqueles que seguirão o caminho
que iluminamos para eles ao longo dos tempos.
O caminho que um dia nos chama a todos a casa... quando a luz esmorece"
(Silver Surfer in "Requiem")

Sejamos como sejamos, escondendo a nossa essência ou mostrando a realidade, existe sempre alguem que consegue ver a paixão que é o nosso fogo... mas será que nós vemos?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

nobody believes


"... stand and fight, live by your heart always one more try, I'm not affraid to die stand and fight, say what you fell born with the heart of steel...
burn the bridge behind you, leave no retreat there's only one way home...
they'll watch us rise with fire in our eyes, and know this heart of steel was to hard to break to hard to hold..."

Teremos deixado um coração tornar-se aço?
Fechado? Frio? calculista?
Teremos nos fechado a tudo e todos?

Um coração que durante muito tempo foi ingenuo e aberto, torna-se frio e fechado com as cicatrizes que acarreta dentro de si...
Agora vemos à sua volta os espécimes que o fazem pulsar, os olhares que o fazem sorrir, os sons que o fazem gritar...

But for whom or for what?

Olhamos em frente vemos desconfiança... olhamos para um lado vemos sonhos, olhamos para o outro vemos coisas inalcançaveis... olhamos para trás, vemos o que perdemos...

Sei que muitos irão dizer, que as magoas são curadas com o tempo, que devemos lutar, que devemos manter-nos firmes, que devemos olhar o espelho e abraçar o que ele nos mostra...

Quando o mais simples gesto de amizade é tido como apenas algo de calculista, o que fazer? Visto como intuito de uma defesa quebrar e conseguirmos atacar? Quando um toque de carinho não é reconhecido como apenas um toque de carinho...
Quando se é julgado pelo que é mostrado, sem ser dada a hipotese de defesa... de que o arriscar será para perder...

Quando baixamos os olhos e os reviramos, e deixamos que a fenix que nos fez renascer se transforme num corvo negro que paira nos seus, vendo tudo o que pode usurpar para si...

Já me disseram para mudar apenas por mim... mas onde está o valor dessa mudança, o seu reconhecimento? Não é mudar pelos outros, mas é acreditarem em nós...

Tu... não acreditas numa mudança (devias tê-lo feito)
Tu... não acreditas que seja um simples acto de carinho e amizade (poder ser até mais, mas será sempre um carinho e amizade)
Tu... julgas que o que eu quero sabes tu... (apenas digo o que penso, porque confio e acredito na beleza de algo que não compreendo)
Tu... ja nem olhas... (és mito que se vê...)
Tu, que me fizeste sofrer foi quem disse que estava feliz por me ver mudar... (sempre acreditaste...)

Mas o abismo se aproxima, e eu estou a vê-lo... voltar ao que era , voltar ao passado...nunca o abandonei

Nobody knows what the fuck that is.... nobody knows who the fuck I'm... and nobody knows how fucked up I' am...

Por isso fecho os olhos pois ela me chama... e digo, sem nehum sentido ou com todos os desconhecidos sentidos , que inicio uma caminhada sem que ninguem veja ou saiba:

Reveleation 6:7 - 6:8
- "and when he had opened the fourth seal, I heard the fourth beast say: Come and See. And I beheld, and look a pale green horse, and he that sat on him was called Death, and Hell followed with him"

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

smiles... lights... dreams...


It was late... another fucking day, looking to a fucking screen... the only thing that is not "fuckable" is the women, but is a good sight to the eyes...

When I arrive home, and open the door... I'm all alone.
The house is drowned in darkness, and like a blind man I walk, transforming my life in darkness...

I take off my clothes, and naked I look a to the mirror... The darkness hides me...

Suddenly, something glows...
a sharp object...
then... blue eyes
then... blinks of some beautiful big eyes...
one smile... another smile, and other... unreachable smiles...
but... smiles of light... a light that shows my naked body full of scars, all wet because of my tears...

Tears... tears for each one of the lights that surrounds me, lights that I see and I can't reach...

Suddenly, darkness again, and I fall on my knees, tired, angry, sad...
and like a little child lost alone in the world, I fall asleep in the pool of my tears

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Shadows on a face


eles não sabem nem sonham... que o sonho comanda a vida... e sempre que um homem sonha o mundo pula e avança

O que é o sonho?
Sermos e estarmos felizes?
O que é o sonho?
Ver quem gostamos e não podermos tocar?
o que é o sonho?
ver quem rasga a nossa armadura, e ao passarmos a seu lado enlaça-la e preencher os seus labios com o desejo com que tremem os nossos?
O que é o sonho?
será o sonho a paixão que desejamos?

Alguém me disse: "eu apaixono-me todos os dias"
Outrem me disse: "amar... eu amo o meu amigo"

Amar é uma palavra difícil para mim...
Paixão eu não sei distinguir...
Desejo é como é composta a minha vida

Quando um samurai ia para a guerra, vestia a sua armadura e usava uma mascara assustadora com o intuito de criar o medo no inimigo...
Hoje em dia, como um samurai uso essa armadura (que tarde demais vesti) que evita as laminas que me tentam furar, ou aquelas espadas que vejo afiadas e que eu teimo em me atirar para cima.
Hoje em dia uso essa mascara assustadora para afastar qualquer alguem que queira tentar magoar-me, e ao mesmo tempo afasto aqueles que me querem bem

Apesar de todos verem a mascara, poucos são aqueles que coragem têm de tentar espreitar qual o rosto que ela esconde, quais os seus pensamentos, quais os seus sentimentos...

Vejo o dia à dia, e vejo os poucos que me respeitam, e vejo quase todos a olharem-me vendo apenas o monstro... porque terei eu de mudar, porque não escolhem eles tentar ver quem eu possa ser...
No passado, alguns decidiram levantar a mascara...não existia nenhuma face queimada nem cicatrizes, apenas um olhar triste sob a força de um demónio...essa mascara caiu e apesar de luz ter entrado tambem dor surgiu...
Agora alguem decidiu tentar levantar a mascara, e eu próprio decidi que começava a ser altura de tirar a mascara e arrumar a espada...

Mas quando somos monstros durante tanto tempo, é difícil que acreditem que o monstro tenha partido...

Por isso vivemos dia à dia... e se é o monstro que vêm... para quê mudar?
Não dão o beneficio da duvida...

Houve mudanças...tu meu anjo viste, tu minha rainha leste, tu meu irmão vês, tu meu colega poeta reconheces, tu meu mestre enumeras, tu meu kohai apoias, tu meu senpai apontas...

Agora os restantes...apenas criticam...
 

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